30 de outubro de 2014


Há vidas que não se sabe por que nasceram, e provavelmente vão morrer sem saber, na eterna escuridão de uma página fechada de um livro na estante. Mero elemento figurativo.

E há outras que nasceram para brilhar. Para serem lidas, consumidas, exploradas, estudadas, aprendidas! Saboreadas e manuseadas. Ouvidas e cantadas. Declamadas!

O mundo não precisa de mais médicos, ou enfermeiros, ou curandeiros, padres ou pastores. Economistas, cientistas, tecnólogos ou embaixadores.

O mundo precisa de escritores que sejam artistas. De homens que tenham na própria vida o maior exemplo de lealdade e dignidade. De homens que escrevam da vida, não uma linda história de amor com um final feliz para uma princesa, um príncipe e seus filhos ricos e lindos, mas que, não desistindo da humanidade e da coletividade, nos ensine a conviver com as diferenças, a enfrentar nossos medos, a brigar por nossos direitos, e que nos provoque a ira e a revolta mediante as injustiças.

E que tenha nos Versos, o perfume da coragem, da humildade, da serenidade e da compaixão. Tudo assim, bem juntinho e misturado com aroma à confiança e admiração. 

Nenhum comentário: